Por Patrícia Spier
Hey, fella. O que você sabe sobre Israel? Creio que as primeiras tags que vem em mente sejam guerra, bombardeio, conflito, homem-bomba. Fora estes problemas reais, lá tem uma produção muito forte de hip hop. (Esclarecendo que a origem dos homens-bomba não é israelita, mas sim árabe).
Israel faz fronteira com territórios que mantém conflitos históricos, como Faixa de Gaza, por exemplo. Recentemete as duas regiões travaram guerra, quando o grupo Hamas, de origem islâmica, e o exército israelense declararam fogo no final de 2008. Isto se estendeu até o começo desse ano.
Não diferente a qualquer país que produza hip hop, Israel tem uma grande safra de grupos do gênero, desde o começo dos anos noventa. Os artistas que impulsionaram o movimento foram do grupo Shabak Samech. No som, eles incluíam rapcore, dancehall, ska e funk. Por isso, eram comparados com Rage Against the Machine, Red Hot Chili Peppers, Jimmy Cliff, entre outros da época. Claro, os caras eram muito influenciados pela cena norte-americana.
No começo, as canções dos rappers israelitas falavam de tudo, do terrorismo e da religião. E na medida em que o conflitos entre a população árabe e população judaica se instauravam, o hip hop documentava os diferentes pontos de vista das duas etnias, visto que Israel tem maioria judaica, mas também origem muçulmana.
Hoje, a maioria dos rappers judeus tende a ignorar a situação política entre árabes e povo judaico, mas frequentemente se referem à situação econômica do país em suas músicas. Desde 2001, com o surgimento de novos grupos de hip hop, a maior parte dos assuntos é sobre a essência do movimento e também sobre cultura de rua, drogas e hedonismo.
Uma curiosidade peculiar do Estado de Israel é que o governo apóia os artistas locais, no que diz respeito a suas turnês, pois entendem que os grupos levam a cultura e a diversão típica dos jovens israelitas a outros países.
As bandas recentes tem bastante influência de reggaeton, como aparece na música dos caras do Shabak, na foto, (myspace.com/hashabak), vide a segunda música “Boom Carnival”. Se você não entender a letra, pois é cantando na língua local, hebraico, sem problemas. Essa música fala sobre diversão em festas, gatinhas, enfim. Já no resto da obra dessa banda, aparece um rockão esquisito, mas legal.
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Outras bandas interessantes de Israel:
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myspace.com/peledamportega
myspace.com/quamidelafox
myspace.com/guymar
Sozinho
Há 4 anos
3 comentários:
Oi Patrícia, tudo tranquilo? Confesso que quando vi a foto da bandeira de Israel levei um susto. Se lá, parece que existe um preconceito dentro de muitos, em mim tb, que faz com que pensemos assim.
Mas achei muito interessante o teu post. Quando vc perguntou o que a gente lembra de Israel, veio a cabeça justamento o que vc disse. Só violência e essas coisas. Ouvi a priemeira banda q indicou e é muuuito legal.
Nunca tinha ouvido falar de rap israelense, obrigada pelas dicas.
Te acompanho desde o teu tempo na Rádio 103, Unisinos. so tua fã!
valeuu
Nossa, que doidera o som desses cara.
Pô, nunca pensei em procurar hip hop de israel. Eu achava que tudo era escrito naqueles heróglifos kkkkk
Muito da hora Patricia!!
Embaçadis, mais vamos lá estava procurando algumas bandas de hip hop e acabei entrando no seu site, sou arabe judeu, bom arabes não são "homens bombas" apenas, se for analisar por este lado precisa pesquisar um pouquinho mais, violência esta ligada algo acontecido a muito tempo culpa de uma desobediência, fica a dica conheço minhas culturas morei nos dois países, sei onde aperta o calo de cada um, e é sempre a mesma desculpa, o problema não é que queiram resolver é que querem a terra santa apenas....
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